Estética paliativa e humanizada

No mercado da Saúde Estética, muitas vezes o foco se direciona para a estética, deixando a saúde em segundo plano. Por conta disso, a estética humanizada vem ganhando destaque no mundo inteiro, resgatando o real significado da palavra “estética” e do papel do profissional da área e assim trazendo a valorização ao paciente, reforçando os cuidados e a atenção, inclusive no que se refere à segurança na escolha dos métodos e produtos.

Essa humanização deve estar presente tanto no atendimento como também na escolha dos cosméticos para o tratamento, sendo fundamental que o profissional dissemine as informações corretamente, a fim de que o cliente/paciente possua conhecimento útil sobre a saúde estética e não apenas sobre o tratamento. Geralmente os cosméticos possuem substâncias nocivas ao corpo, como os parabenos, diante disso, a indústria cosmética começou a desenvolver produtos específicos para pessoas que estejam em tratamento de

doenças crônicas a fim de reduzir os efeitos adversos causados.

Nesse sentido, cada vez mais se busca uma maior qualidade na sobrevida do paciente, assim, muito tem se falado sobre os cuidados paliativos. Estes possuem o objetivo de prevenir e aliviar a dor, promovendo conforto, bem-estar e controle dos sintomas. Sendo assim, esses cuidados constituem uma modalidade terapêutica integrada e multiprofissional que é utilizada quando o tratamento de doenças crônicas causam efeitos colaterais, como

ressecamento da pele, ou quando a cura do paciente não é mais possível.

Desse modo, a estética paliativa vem se tornando uma nova área da Saúde Estética, compondo uma equipe multiprofissional auxiliando nos cuidados ao paciente dentro das suas possibilidades, trabalhando a aparência física e a saúde de forma conjunta.

Pacientes que sofrem de doenças terminais, como o câncer, enfrentam mudanças no aspecto físico e consequentemente no aspecto psicológico influenciando na autoestima desses pacientes. Nesse seguimento, a estética paliativa vem para contribuir com melhorias na vida desse indivíduo, oferecendo tratamentos complementares, que enxergam o paciente na sua totalidade, combinando cosméticos seguros e tratamentos variados de acordo com a necessidade do paciente, proporcionando assim, conforto e elevando

sua autoestima. Vanessa Menezes é uma esteticista pioneira no paliativismo em sua área, ela desenvolveu a técnica de massagem paliativa, que são movimentos lentos e longos feitos de acordo com a necessidade do paciente, associada à massagem dos sentidos, acreditando que com isso consegue-se acrescentar qualidade de vida aos pacientes.

Para a realização dessas técnicas manuais e outros tratamentos são utilizados produtos cosméticos, estes devem ser seguros e eficientes, visto que esses pacientes possuem sistema imunológico comprometido e suscetível. Essas técnicas podem ajudar a diminuir úlceras de pressão, inchaço, ansiedade, insônia, como também manter a pele hidratada e saudável. O desenvolvimento de produtos específicos para cuidados paliativos está diretamente ligado aos sinais e sintomas decorrentes das complicações e reações aos tratamentos de doenças crônicas e terminais, sendo assim necessária uma maior atenção durante esse processo.

É importante ressaltar que a estética paliativa está associada à estética humanizada, uma vez que ambas enxergam o paciente como uma pessoa com necessidades físicas e psicológicas, ou seja, na sua totalidade. A descoberta de doenças crônicas e terminais trazem não somente alterações físicas, mas também alterações emocionais, por isso além de administrar o cosmético adequado e seguro, o profissional deve também deve priorizar a saúde do paciente, assim como sua saúde mental e a disseminação do conhecimento.

Por tudo isso a estética paliativa vem se tornando um segmento promissor, uma vez que estima-se o aumento do número de doenças crônicas e terminais. Sendo assim a estética precisa estar preparada para melhor atender esses pacientes, desse modo exigindo um amplo conhecimento do profissional que deve estar trabalhando em parceria com o médico responsável pelo caso. Dito isso, vale lembrar que o foco deste profissional não será a cura

da doença, mas sim o controle dos efeitos adversos do tratamento, podendo trabalhar em atendimentos particulares, hospitais ou qualquer outra unidade de saúde no intuito de levar bem-estar ao paciente.

Escrito por

Ingredy Lopes dos Santos

Biomédica

Mestre em Farmacologia

Pós-Graduanda em Saúde Estética Avançada pelo Instituto GPI

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