Pós-Graduação em Psiquiatria traz terapias biológicas e interdisciplinaridade como foco

Há cada vez mais estudos para entender sobre os fenômenos da mente humana e a relação dela com o nosso bem-estar. Porém, sempre surgem dúvidas sobre o que se trata, os objetivos, os temas que geralmente são abordados, o período e quando iniciar esses tratamentos. Pensando nisso, o Instituto GPI lançou a Pós-Graduação em Psiquiatria pós-graduação em psiquiatria, que tem sido bastante elogiada.

Com o intuito de capacitar profissionais da saúde em diferentes aspectos da rede de atenção psicossocial, propiciando o desenvolvimento de competências técnicas, habilidades organizacionais, de coordenação e solução de problemas, o curso agrega conhecimentos para que o profissional se sinta hábil em realizar uma avaliação completa do paciente, incluindo a perspectiva biológica, psicológica, social e cultural no processo de assistência da equipe multiprofissional.

Conversamos sobre o assunto com a médica e professora da pós-graduação de psiquiatria Instituto GPI, Andressa Santos, que também falou sobre os conteúdos abordados neste segundo módulo, que trouxe como foco a psicofarmacologia, psicofarmacoterapia, eletroconvulsoterapia e outras terapias biológicas. Confira:

COMO SERÃO TRABALHADOS OS CONCEITOS DE PSIQUIATRIA BIOLÓGICA E OS DEMAIS CONCEITOS REFERENTES A ESSA ÁREA, NESTE MÓDULO?

Esses são temas, sem dúvida, muito importantes para a formação dos médicos que desejam se especializar na psiquiatria. Neste módulo, trazemos as principais medicações utilizadas na psiquiatria, de que forma são utilizadas, em que doses e em quais transtornos. Apresentaremos também as demais terapias biológicas como alternativas nos tratamentos psiquiátricos. Eles sairão sabendo de muita coisa que irão aplicar no seu dia a dia, nos consultórios.

TRATA-SE DE UMA ÁREA INTERDISCIPLINAR??? PARECE QUE OS TEMAS ABORDADOS TRATAM SE BASEIAM EM CIÊNCIAS COMO A NEUROCIÊNCIA, A PSICOFARMACOLOGIA, A BIOQUÍMICA, A GENÉTICA E A FISIOLOGIA.

Sim, eles terão uma temática mais aprofundada e bem rica no sentido de entender outras terapias mais específicas que não só o uso das medicações. São terapias usadas em pacientes em que as medicações apenas não dão muito resultados ou tem efeitos colaterais relacionados ao uso de medicações e podem ser usadas terapias que irão atuar diretamente a nível de cérebro.

Por isso, essas terapias são muito interessantes e enriquecem o conteúdo que os alunos receberão. São terapias seguras e eficazes em que os médicos precisam ter uma noção de como elas funcionam.

NO SENSO COMUM, OS MEDICAMENTOS UTILIZADOS EM TRATAMENTOS PSIQUIÁTRICOS COSTUMAM SER CHAMADAS DE REMÉDIOS CONTROLADOS OU “TARJA PRETA”. ENTRETANTO, NEM TODOS OS PSICOFÁRMACOS ESTÃO DE FATO NESSA CLASSIFICAÇÃO. A FALTA DE INFORMAÇÃO FAZ COM QUE MUITAS PESSOAS TENHAM MEDO OU RESISTÊNCIA DIANTE DA PRESCRIÇÃO DESSES MEDICAMENTOS?

Com certeza, hoje, na prática, essa é uma grande dificuldade que encontramos, pois a população costuma achar que qualquer medicação psiquiátrica tem risco de dependência, e hoje nós já sabemos que, na verdade, apenas a grande minoria delas causa dependência e mesmo essas medicações que podem causar dependência, têm ótimos resultados, ótimas indicações se forem feitas de forma cuidadosa e isso precisa ser desmistificado.

AINDA FALANDO EM MEDICAMENTOS, OS EFEITOS QUE OS MEDICAMENTOS TÊM NO SISTEMA NERVOSO CENTRAL INFLUENCIAM OS PROCESSOS MENTAIS, PODENDO ALTERAR AS EMOÇÕES, AS PERCEPÇÕES E OS COMPORTAMENTOS DOS PACIENTES. NO ENTANTO, EM MUITOS CASOS, OS REMÉDIOS SÃO NECESSÁRIOS PARA QUE A PESSOA ENCONTRE MAIOR EQUILÍBRIO PSICOLÓGICO E POSSA ADERIR À TERAPIA, CERTO?

Sim, quando bem indicadas, as medicações têm ótimos resultados, pois são excelentes ferramentas e não só tratam transtornos como evitam desfechos mais graves, então quando são feitas com profissionais capacitados só apresentam benefícios ao paciente e quando associadas à psicoterapia os resultados tendem a ser ainda melhores. É sobre isso que estamos falando aqui aos nossos alunos. Eles saem preparados para muito mais que apenas um atendimento.

FALANDO DE PSICOFARMACOTERAPIA, NESSE MÓDULO VOCÊS TRAZEM INFORMAÇÕES, DADOS E PRÁTICAS QUE PERMITEM AOS PROFISSIONAIS ATUAR NO ACOMPANHAMENTO DE PACIENTES QUE FAZEM USO DE PSICOFÁRMACOS, BEM COMO REALIZAR INTERVENÇÕES CLÍNICAS FOCADAS NO APRIMORAMENTO DE SERVIÇOS DE SAÚDE MENTAL, CERTO?

Sim, a gente sabe que não basta apenas prescrever a medicação, mas sim saber abordar o paciente, explicar sobre o transtorno e dar todo o apoio e suporte ao paciente. Fazer o tratamento por completo e não apenas um tratamento de prevenção com medicação. É isso que eu pretendo que os alunos aprendam aqui na pós-graduação. Eles estarão aptos a lidar com quaisquer tipos de situação em seus consultórios.

FALANDO EM TCNOLOGIA, QUAIS SÃO AS PROMESSAS DA PSIQUIATRIA BIOLÓGICA PARA O FUTURO?

A cada dia mais, surgem exames mais especializados para detectar qual alteração no cérebro que cada tipo de transtorno causa. Acredito que isso é uma pequena amostra do que vem por aí. No futuro, acredito que será possível identificarmos transtornos psiquiátricos não somente através das queixas dos pacientes, mas também através de exames de imagens, por exemplo, ou marcadores a níveis sanguíneos.

Então, a cada dia, a ciência evolui esse processo que é bastante benéfico para os nossos pacientes e a tecnologia está a nosso favor para aprimorar cada vez mais nossos atendimentos e condutas com os pacientes.

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